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polícia civil até a década de 60
Policiais valorosos que marcaram época na história da Polícia Civil do Estado de São Paulo
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Delegado de Polícia Antonio de Godoi Moreira e Costa, um dos idealizadores da criação da Polícia Civil de carreira, em 1.905.
Delegado de Polícia João Batista de Souza, em 1.920.
Em 1.924, o cargo de Delegado Geral de Polícia foi suprimido, estabelecendo-se a figura do Chefe de Polícia, sendo fixado 4 Delegados Auxiliares no Estado de São Paulo (diretores de departamenos), cujos titulares teriam o dever de permanecer em qualquer região do Estado, quando houvesse interesse ao serviço policial.
Quanto a cidade de São Paulo, fixou-se em 6 Delegacias Circunscricionais.
Em 1.924, o cargo de Delegado Geral de Polícia foi suprimido, estabelecendo-se a figura do Chefe de Polícia, sendo fixado 4 Delegados Auxiliares no Estado de São Paulo (diretores de departamenos), cujos titulares teriam o dever de permanecer em qualquer região do Estado, quando houvesse interesse ao serviço policial.
Quanto a cidade de São Paulo, fixou-se em 6 Delegacias Circunscricionais.
Delegado de Polícia Albino Camargo Netto.
Nascimento: São Luiz do Paraítinga-SP, em 08 de novembro de 1893.
Falecimento: São Paulo-SP, em 12 de dezembro de 1969.
Filiação: Antonio Ezequiel de Camargo e Joana Santana Camargo.
Esposa: Altina Duarte Camargo
Filhos: Maria José de Camargo Junqueira Reis (casada com Dr. Henrique Junqueira Reis).
Profissão: Advogado, Professor, Jornalista, Escritor e Delegado de Polícia.
Estudou no Colégio Estadual de Jacareí e em 1906 formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1912 ingressou como professor no Colégio do Estado de Ribeirão Preto (atual Otoniel Mota), onde foi lente de psicologia e lógica.
Em Ribeirão Preto foi ainda redator do jornal Diário da Manhã e Delegado de Polícia.
Na política atuou como Vereador no período de 1926 a 1929; ocupou o cargo de chefe do executivo municipal como Prefeito Outorgado de Ribeirão Preto em novembro de 1930 e exerceu o mandato de Deputado Estadual pelo Partido Constitucionalista no período de 1963 a 1937.
Foi também combatente na Revolução Constitucionalista de 1932. Como escritor foi autor da obra "Tratado de Psicologia".
Nascimento: São Luiz do Paraítinga-SP, em 08 de novembro de 1893.
Falecimento: São Paulo-SP, em 12 de dezembro de 1969.
Filiação: Antonio Ezequiel de Camargo e Joana Santana Camargo.
Esposa: Altina Duarte Camargo
Filhos: Maria José de Camargo Junqueira Reis (casada com Dr. Henrique Junqueira Reis).
Profissão: Advogado, Professor, Jornalista, Escritor e Delegado de Polícia.
Estudou no Colégio Estadual de Jacareí e em 1906 formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1912 ingressou como professor no Colégio do Estado de Ribeirão Preto (atual Otoniel Mota), onde foi lente de psicologia e lógica.
Em Ribeirão Preto foi ainda redator do jornal Diário da Manhã e Delegado de Polícia.
Na política atuou como Vereador no período de 1926 a 1929; ocupou o cargo de chefe do executivo municipal como Prefeito Outorgado de Ribeirão Preto em novembro de 1930 e exerceu o mandato de Deputado Estadual pelo Partido Constitucionalista no período de 1963 a 1937.
Foi também combatente na Revolução Constitucionalista de 1932. Como escritor foi autor da obra "Tratado de Psicologia".
Delegado de Polícia Ibrahim de Almeida Nobre-O TRIBUNO DA REVOLUÇÃO DE 1930
Fotografia: imagem cedida pela família do Ibrahim Almeida Nobre
Fonte texto: http://www.sampa.art.br/biografias/brahimalmeidanobre/
Quando há mais de meio século São Paulo se levantava em armas contra ditadura que escamoteou as esperanças dos revolucionário de 30 e protelava a restauração do Estado de Direito, houve um paulista que encarnou a angústia do povo e se tornou se porta-voz na praça pública. Esse homem chamava-se Ibrahim de Almeida Nobre.
Nascido no coração da cidade, em plena Rua Direita, não poderia haver cidadão mais orgulhoso de sua origem do que o futuro "Tribuno da Revolução", que se formou em direito na turma de 1909, das venerandas Arcadas do Largo de São Francisco, depois de um prolongado namoro com a medicina. Desta última, pôde aproveitar o aprendizado na seara de Esculápio, no município de Salesópolis, marco inicial de sua vida pública, como delegado de polícia, ao auxiliar a população dizimada pela varíola. Nesse local, segundo o testemunho de seu dileto amigo e confrade Menotti del Picchia, Ibrahim fez-se enfermeiro dos doentes e se revelou o mesmo samaritano no desempenho de idênticas funções na comarca de Casa Branca, a ponto de o autor de "Juca Mulato" inspira-se na bravura e na galanteria do jovem policial para escrever a novela "Dente de Ouro".
A seguir, já na baixada santista, como titular da Delegacia Seccional de Santos, mostrou-se autoridade serena e equilibrada, num período difícil, agitado por greves e tumultos anarquistas, especialmente no cais do porto, de onde saiu, prestigiado pela população da cidade, para assumir a Delegacia da Ordem Política e Social de São Paulo, como titular, até ser nomeado, em maio de 1927, Promotor Público da Capital, na vaga de Márcio Pereira Munhoz. Neste posto, que exerceu com inexcedível brilho, ao lado de figuras excepcionais do Ministério Público, como César Salgado, Ataliba Nogueira, Soares de Mello, Vicente de Azevedo, Canuto Mendes de Almeida e Basileu Garcia, a Revolução de 32 veio encontrá-lo e o convocou para a luta como tribuno do povo.
Quem é que não conhece o manifesto endereçado aos paulistas "Minha Terra, Minha Pobre Terra" que a Gazeta de Cásper Líbero deu a lume, pela primeira vez, na edição de 25 de janeiro daquele ano? E que se tornou a Marselhesa dos constitucionalistas?
Quem é que não ouviu falar de sua presença destemida, juntamente com o legendário Antônio Pereira Lima nos comícios da Praça da Sé e do Patriarca, em soberbo espetáculo, pregando o retorno da legalidade, naquele memorável domingo cheio de sol que precedeu a chacina do 23 de maio? da marcha do povo em delírio, com Ibrahim à sua frente, ao lado de Marcos Mélega, Aureliano Leite, Silvio de Campos e outros, sobre o Quartel de 2a. Região Militar da Rua Conselheiro Crispiniano, hoje lamentavelmente demolido, e na sede do Comando Geral da Força Pública da Avenida Tiradentes, conclamado a tropa para aderir à revolta? E aquele encontro, no Palácio dos Campos Elíseos, onde o Promotor de Justiça lançou o repto patético à face do Inventor Federal Pedro de Toledo para que optasse entre a causa de São Paulo ou a subserviência ignóbil a um governo que vilipendiara os ideais de 30? São momentos antológicos de sua vida pública, que bastariam para torna-lo credor da administração de seus patrícios...
Depois, travou-se a luta armada, militarmente desigual, na qual se engajou como simples soldado raso, num batalhão que levava o seu nome impoluto, sob o comando do Cel. Pedro Dias de Campos, para combater o inimigo na Frente Sul, nas trincheiras de Ourinhos, Itahi, Fartura, Bernardino de Campos, Xavantes, Ipaussu e Noutras Localidades do setor do Paranapanema até a melancólica deposição do fuzil, em fins de setembro, coroado pelas agruras do cárcere, só amenizada pela calorosa solidariedade de seus colegas de Promotoria.
Na sala da Capela, assim chamado o presídio político da antiga Casa de Correição, no Rio de Janeiro, Ibrahim divide a glória de seu martírio com Pereira Lima, Aureliano Leite, Waldemar Ferreira, Cásper Líbero, Guilherme de Almeida, Paulo Duarte, Francisco Mesquita, Júlio de Mesquita Filho, Vivaldo Coaracy, e dezenas de outros, que seguiram para o exílio, de onde retornariam à Pátria, anistiados em 1934, em face da convocação da Assembléia Constituinte, tão ansiada pelo povo.
No inquérito aberto sobre a insurreição, Ibrahim manteve-se altivo e intimorato, consciente da responsabilidade que lhe tocou por haver participado da guerra civil, sem contudo acusar ninguém no depoimento que prestou às autoridades da Ditadura, apenas dizendo que "o movimento tinha por finalidade o retorno do País à ordem legal".
Era o começo do calvário do herói, que se confundia com a montanha que sua pobre terra, humilhada pela derrota, e onde o Governador Militar Waldomiro Castilho de Lima, viria a exonerá-lo da promotoria em 24 de fevereiro de 1933, para o qual reverteu em 4 de agosto de 1938, por ato do então interventor federal Adhemar Pereira de Barros, embora permanecendo em disponibilidade, até ser aproveitado no cargo de 7o. Promotor Público da Capital em 1947, no qual permaneceu pouco tempo, porque se viu nomeado logo mais Subprocurador Geral da Justiça que exerceu até aposentar-se em 1949, quando contava mais de 30 anos de serviço público efetivo.
Várias entidades culturais disputaram a honra insigne de sua presença em seus quadros, destacando-se a Academia Paulista de Letras, que abriu as portas em 1960, para oferecer a cadeira nº. 21, na vaga do Jurista Plínio Barreto, hoje ilustrada pelo eminente Desembargador Odilon da Costa Manso.
Ibrahim, que nunca se preocupou em deixar uma obra escrita, senão uma produção fragmentária representada por trabalhos dispersos em jornais e revistas, trazia em sua bagagem a mais bela página de civismo jamais escrita na história de São Paulo e, no coração – que a platéia presente à sua posse pode testemunhar – o poeta apaixonado de Piratininga...
Recebeu ainda o velho campeador, na glória de seus 80 anos, um preito de veneração promovida pela "Comissão Nacional Pró-Homenagem a Ibrahim Nobre", em sessão especial realizada no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, sob a presidência de seu companheiro de lutas Aureliano Leite, que falou de seu civismo, ocasião em que fizeram uso da palavra Austregésilo de Athaíde e Guilherme de Almeida para exaltar as virtudes e a brasilidade do homenageado, que se viu condecorado, no Instituto de Engenharia, com a medalha do "Mérito Bandeirante". Recebeu, também, na mesma oportunidade, significativa homenagem no Plenário do Egrégio Tribunal de Alçada Criminal, através da palavra do então Ministro Manoel Pedro Pimentel, que lembrou "o estilo inconfundível, o surpreendente de suas imagens literárias, a riqueza e a fertilidade de seu verbo, que o consagraram como um dos maiores representantes do Ministério Público na "Tribuna do Júri de São Paulo".
Dois anos depois, a 8 de abril de 1970, desaparecia o grande paladino da Lei, qualidade que figura no listel de sua nobreza moral, recebendo sua memória as mais expressivas manifestações de apreço no Egrégio Tribunal de Justiça, pelas vozes de Adriano Marrey, Lafayete Salles Júnior, Euler Bueno, Hoeppner Dutra, Silos Cintra, Pereira Lima, Dario de Abreu Pereira, além do Presidente daquela Colenda Corte, o Des. Candido de Almeida e do Advogado Theodolindo Castiglione, e cujo nome, mais tarde, foi escolhido patrono da cadeira nº. 5 da Academia Paulista de Direito, por seu sócio fundador e atual ocupante, Oscar Xavier de Freitas.
Sepultado inicialmente no cemitério de São Paulo, com sua velha beca de Promotor, conforme desejo seu, manifesto in articulo mortis, no jazigo da família, onde já se achavam os restos mortais de sua querida Brisabela, seu busto de bronze – moldado pelas mãos talentosas de Luiz Morrone – atesta a passagem luminosa do grande orador pelo Plenário do Tribunal de Júri, sendo seu corpo trasladado, por ocasião das comemorações do 45º aniversário da Revolução Constitucionalista, em 1977, para o Panteão dos Heróis de 32, no Parque Ibirapuera, juntamente com as cinzas de sua esposa, num comovente cortejo fúnebre.
Ali repousa, ao lado de Guilherme de Almeida, separados por um altar, logo atrás do túmulo do "herói jacente"que abriga os despojos das primeiras vítimas da Ditadura, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, e do bravo caboclo Paulo Virgínio, debaixo da magnífica abóbada da cripta daquele imponente santuário da Raça dos Paulistas.
A poucos metros dali, numa praça fronteiriça do Mausoléu, ergue-se o vulto de Ibrahim, lavrado no bronze eterno pelo mesmo estatuário, discípulo de Ximenes, que uma comissão, formada por Advogados, promotores e Juízes mandou executar sobre um pedestal assentado em punhados de terras colhidas dos fundos das trincheiras da Guerra Cívica do Vale do Paraíba, da Serra da Mantiqueira, de Cunha, de Buri, das praias do nosso litoral, e de tantos outros sítios, dos mais longínquos rincões do Estado de São Paulo, palco adormecido da resistência indômita, misturada com o sangue e as lágrimas dos moços que seguiram seus passos, na memorável arrancada de 32.
Assim viveu e morreu o Tribuno da Revolução, que não teve outro ideal na vida senão o de servir a Pátria e a Justiça de sua terra!
(Emeric Lévay - O autor é Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo e Professor Titular de Direito Processual Penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie e acadêmico da Academia Paulista de História).
ACADEMIA PAULISTA DE HISTÓRIA – ANO XIII – Nº 70 – MARÇO/2000
Fotografia: imagem cedida pela família do Ibrahim Almeida Nobre
Fonte texto: http://www.sampa.art.br/biografias/brahimalmeidanobre/
Quando há mais de meio século São Paulo se levantava em armas contra ditadura que escamoteou as esperanças dos revolucionário de 30 e protelava a restauração do Estado de Direito, houve um paulista que encarnou a angústia do povo e se tornou se porta-voz na praça pública. Esse homem chamava-se Ibrahim de Almeida Nobre.
Nascido no coração da cidade, em plena Rua Direita, não poderia haver cidadão mais orgulhoso de sua origem do que o futuro "Tribuno da Revolução", que se formou em direito na turma de 1909, das venerandas Arcadas do Largo de São Francisco, depois de um prolongado namoro com a medicina. Desta última, pôde aproveitar o aprendizado na seara de Esculápio, no município de Salesópolis, marco inicial de sua vida pública, como delegado de polícia, ao auxiliar a população dizimada pela varíola. Nesse local, segundo o testemunho de seu dileto amigo e confrade Menotti del Picchia, Ibrahim fez-se enfermeiro dos doentes e se revelou o mesmo samaritano no desempenho de idênticas funções na comarca de Casa Branca, a ponto de o autor de "Juca Mulato" inspira-se na bravura e na galanteria do jovem policial para escrever a novela "Dente de Ouro".
A seguir, já na baixada santista, como titular da Delegacia Seccional de Santos, mostrou-se autoridade serena e equilibrada, num período difícil, agitado por greves e tumultos anarquistas, especialmente no cais do porto, de onde saiu, prestigiado pela população da cidade, para assumir a Delegacia da Ordem Política e Social de São Paulo, como titular, até ser nomeado, em maio de 1927, Promotor Público da Capital, na vaga de Márcio Pereira Munhoz. Neste posto, que exerceu com inexcedível brilho, ao lado de figuras excepcionais do Ministério Público, como César Salgado, Ataliba Nogueira, Soares de Mello, Vicente de Azevedo, Canuto Mendes de Almeida e Basileu Garcia, a Revolução de 32 veio encontrá-lo e o convocou para a luta como tribuno do povo.
Quem é que não conhece o manifesto endereçado aos paulistas "Minha Terra, Minha Pobre Terra" que a Gazeta de Cásper Líbero deu a lume, pela primeira vez, na edição de 25 de janeiro daquele ano? E que se tornou a Marselhesa dos constitucionalistas?
Quem é que não ouviu falar de sua presença destemida, juntamente com o legendário Antônio Pereira Lima nos comícios da Praça da Sé e do Patriarca, em soberbo espetáculo, pregando o retorno da legalidade, naquele memorável domingo cheio de sol que precedeu a chacina do 23 de maio? da marcha do povo em delírio, com Ibrahim à sua frente, ao lado de Marcos Mélega, Aureliano Leite, Silvio de Campos e outros, sobre o Quartel de 2a. Região Militar da Rua Conselheiro Crispiniano, hoje lamentavelmente demolido, e na sede do Comando Geral da Força Pública da Avenida Tiradentes, conclamado a tropa para aderir à revolta? E aquele encontro, no Palácio dos Campos Elíseos, onde o Promotor de Justiça lançou o repto patético à face do Inventor Federal Pedro de Toledo para que optasse entre a causa de São Paulo ou a subserviência ignóbil a um governo que vilipendiara os ideais de 30? São momentos antológicos de sua vida pública, que bastariam para torna-lo credor da administração de seus patrícios...
Depois, travou-se a luta armada, militarmente desigual, na qual se engajou como simples soldado raso, num batalhão que levava o seu nome impoluto, sob o comando do Cel. Pedro Dias de Campos, para combater o inimigo na Frente Sul, nas trincheiras de Ourinhos, Itahi, Fartura, Bernardino de Campos, Xavantes, Ipaussu e Noutras Localidades do setor do Paranapanema até a melancólica deposição do fuzil, em fins de setembro, coroado pelas agruras do cárcere, só amenizada pela calorosa solidariedade de seus colegas de Promotoria.
Na sala da Capela, assim chamado o presídio político da antiga Casa de Correição, no Rio de Janeiro, Ibrahim divide a glória de seu martírio com Pereira Lima, Aureliano Leite, Waldemar Ferreira, Cásper Líbero, Guilherme de Almeida, Paulo Duarte, Francisco Mesquita, Júlio de Mesquita Filho, Vivaldo Coaracy, e dezenas de outros, que seguiram para o exílio, de onde retornariam à Pátria, anistiados em 1934, em face da convocação da Assembléia Constituinte, tão ansiada pelo povo.
No inquérito aberto sobre a insurreição, Ibrahim manteve-se altivo e intimorato, consciente da responsabilidade que lhe tocou por haver participado da guerra civil, sem contudo acusar ninguém no depoimento que prestou às autoridades da Ditadura, apenas dizendo que "o movimento tinha por finalidade o retorno do País à ordem legal".
Era o começo do calvário do herói, que se confundia com a montanha que sua pobre terra, humilhada pela derrota, e onde o Governador Militar Waldomiro Castilho de Lima, viria a exonerá-lo da promotoria em 24 de fevereiro de 1933, para o qual reverteu em 4 de agosto de 1938, por ato do então interventor federal Adhemar Pereira de Barros, embora permanecendo em disponibilidade, até ser aproveitado no cargo de 7o. Promotor Público da Capital em 1947, no qual permaneceu pouco tempo, porque se viu nomeado logo mais Subprocurador Geral da Justiça que exerceu até aposentar-se em 1949, quando contava mais de 30 anos de serviço público efetivo.
Várias entidades culturais disputaram a honra insigne de sua presença em seus quadros, destacando-se a Academia Paulista de Letras, que abriu as portas em 1960, para oferecer a cadeira nº. 21, na vaga do Jurista Plínio Barreto, hoje ilustrada pelo eminente Desembargador Odilon da Costa Manso.
Ibrahim, que nunca se preocupou em deixar uma obra escrita, senão uma produção fragmentária representada por trabalhos dispersos em jornais e revistas, trazia em sua bagagem a mais bela página de civismo jamais escrita na história de São Paulo e, no coração – que a platéia presente à sua posse pode testemunhar – o poeta apaixonado de Piratininga...
Recebeu ainda o velho campeador, na glória de seus 80 anos, um preito de veneração promovida pela "Comissão Nacional Pró-Homenagem a Ibrahim Nobre", em sessão especial realizada no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, sob a presidência de seu companheiro de lutas Aureliano Leite, que falou de seu civismo, ocasião em que fizeram uso da palavra Austregésilo de Athaíde e Guilherme de Almeida para exaltar as virtudes e a brasilidade do homenageado, que se viu condecorado, no Instituto de Engenharia, com a medalha do "Mérito Bandeirante". Recebeu, também, na mesma oportunidade, significativa homenagem no Plenário do Egrégio Tribunal de Alçada Criminal, através da palavra do então Ministro Manoel Pedro Pimentel, que lembrou "o estilo inconfundível, o surpreendente de suas imagens literárias, a riqueza e a fertilidade de seu verbo, que o consagraram como um dos maiores representantes do Ministério Público na "Tribuna do Júri de São Paulo".
Dois anos depois, a 8 de abril de 1970, desaparecia o grande paladino da Lei, qualidade que figura no listel de sua nobreza moral, recebendo sua memória as mais expressivas manifestações de apreço no Egrégio Tribunal de Justiça, pelas vozes de Adriano Marrey, Lafayete Salles Júnior, Euler Bueno, Hoeppner Dutra, Silos Cintra, Pereira Lima, Dario de Abreu Pereira, além do Presidente daquela Colenda Corte, o Des. Candido de Almeida e do Advogado Theodolindo Castiglione, e cujo nome, mais tarde, foi escolhido patrono da cadeira nº. 5 da Academia Paulista de Direito, por seu sócio fundador e atual ocupante, Oscar Xavier de Freitas.
Sepultado inicialmente no cemitério de São Paulo, com sua velha beca de Promotor, conforme desejo seu, manifesto in articulo mortis, no jazigo da família, onde já se achavam os restos mortais de sua querida Brisabela, seu busto de bronze – moldado pelas mãos talentosas de Luiz Morrone – atesta a passagem luminosa do grande orador pelo Plenário do Tribunal de Júri, sendo seu corpo trasladado, por ocasião das comemorações do 45º aniversário da Revolução Constitucionalista, em 1977, para o Panteão dos Heróis de 32, no Parque Ibirapuera, juntamente com as cinzas de sua esposa, num comovente cortejo fúnebre.
Ali repousa, ao lado de Guilherme de Almeida, separados por um altar, logo atrás do túmulo do "herói jacente"que abriga os despojos das primeiras vítimas da Ditadura, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, e do bravo caboclo Paulo Virgínio, debaixo da magnífica abóbada da cripta daquele imponente santuário da Raça dos Paulistas.
A poucos metros dali, numa praça fronteiriça do Mausoléu, ergue-se o vulto de Ibrahim, lavrado no bronze eterno pelo mesmo estatuário, discípulo de Ximenes, que uma comissão, formada por Advogados, promotores e Juízes mandou executar sobre um pedestal assentado em punhados de terras colhidas dos fundos das trincheiras da Guerra Cívica do Vale do Paraíba, da Serra da Mantiqueira, de Cunha, de Buri, das praias do nosso litoral, e de tantos outros sítios, dos mais longínquos rincões do Estado de São Paulo, palco adormecido da resistência indômita, misturada com o sangue e as lágrimas dos moços que seguiram seus passos, na memorável arrancada de 32.
Assim viveu e morreu o Tribuno da Revolução, que não teve outro ideal na vida senão o de servir a Pátria e a Justiça de sua terra!
(Emeric Lévay - O autor é Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo e Professor Titular de Direito Processual Penal da Universidade Presbiteriana Mackenzie e acadêmico da Academia Paulista de História).
ACADEMIA PAULISTA DE HISTÓRIA – ANO XIII – Nº 70 – MARÇO/2000
Secretário de Segurança Pública, Delegado de Polícia Artur Leite de Barros Junior, na década de 30.
Tio avô de nosso Diretor da ACADEPOL, Delegado de Polícia Mário Leite de Barros Filho.
Tio avô de nosso Diretor da ACADEPOL, Delegado de Polícia Mário Leite de Barros Filho.
Foto da formatura do Delegado de Polícia Guaracy Moreira "in memorian", década de 40.
(acervo da neta, Investigadora do 10º DP Priscilla Moreira).
(acervo da neta, Investigadora do 10º DP Priscilla Moreira).
Dr. Antonio Pereira Lima, Delegado de Polícia, diretor fundador da extinta Guarda Civil de Estado de São Paulo.
Outro grande Delegado de Polícia dirigente da extinta Guarda Civil de São Paulo. Arthur Rudge da Silva Ramos foi Delegado de Polícia em São Paulo e Diretor do Serviço de Trânsito da Guarda Civil, o qual controlava todo o policiamento dessa natureza no Estado. Desde 1970 a PM (recém criada) passou a titular o policiamento de trânsito.
Delegado de Polícia Isidoro José Ribeiro Campos, da cidade de Santos em 1.894 numa época em que o país se agitava com uma revolução interna, soube exercer o espinhoso cargo de maneira serena, resolvendo com justiça e sem partidarismo os complexos problemas que se lhe apresentavam.
Delegado Raul Nogueira de Lima, o "Raul Careca", ex-investigador de polícia. Trabalhou no DEIC e no DOPS. Diz a crônica policial que certa vez, numa diligência no bar "Sacha's", na Rua Augusta, ele teria encontrado um charuto de maconha no chão. Como ninguém assumiu a posse do material, ele deu voz de prisão às quarenta pessoas que lá estavam, as quais, de ônibus, foram levadas ao DOPS p/ prestarem esclarecimentos às autoridades policiais competentes.
Delegado de Polícia Julio Ricardo da Silveira Prezia, trabalhou em São Bernardo do Campo, Piracicaba, Ourinhos e em Marília onde se aposentou, foi também professor da ACADEPOL.
(Enviado pelo Papiloscopista Policial Julio Ronaldo Prezia Junior)
(Enviado pelo Papiloscopista Policial Julio Ronaldo Prezia Junior)
O Chefe de Polícia, Delegado José Cardoso de Almeida, em 1.902 elaborou relatório informando ao Governador (à época chamado Presidente do Estado) Rodrigues Alves a necessidade de uma polícia de carreira, com auxiliares remunerados e capacitados. Em 1.904, o Governador (Presidente) Jorge Tibiriça acatou o citado relatório.
Diretor do DOPS- Departamento de Ordem Política e Social, Delegado de Polícia Walter Autran (Pai do ator Paulo Autran), em 1.948.
Delegado de Polícia Paulo José de Azevedo Bonavides
(São Paulo, 28/10/1932 )
Paulo José foi advogado e professor universitário. Nasceu em São Paulo, capital, em 28 de outubro de 1932. Era filho de Gervásio Bonavides e Julieta de Azevedo Bonavides.
Fez o curso primário no extinto Ginásio Luso-Brasileiro, conceituado estabelecimento educacional que pertenceu ao pai, Gervásio Bonavides.
Estudou, mais tarde, no Colégio Santista, (1947), Colégio Tarquínio Silva (1948) e no Colégio Marcai (1949). Matriculou-se, em seguida, no Colégio Estadual "Canadá", onde cursou e concluiu o antigo "Curso Clássico" (19504952).
Ingressou na Faculdade Católica de Direito de Santos, escola em que se diplomou em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1958, integrando a Segunda Turma de Bacharéis.
Colação de Grau ocorrida em 10 de março de 1959. Expedição de Diploma efetuada aos 14 de abril de 1959.
Formado, freqüentou o Curso de Doutorado, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo de São Francisco). Aluno, naquela ocasião de juristas renomados - Vicente Rao, Joaquim Canuto Mendes de Almeida. Miguel Reali, José Frederico Marques e outros mestres do Direito.
Inscreveu-se, em momentos diversos, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Direito, no nível de mestrado, na Pontifícia Universidade Católica - P.U.C, -, em São Paulo, no âmbito da Cadeira de Direito Penal (1979).
Indicado, oficialmente, pela Secretaria da Segurança Pública, freqüentou e concluiu, com assiduidade plena, o Primeiro Curso, em Santos, promovido pela Escola Superior de Guerra (ADESG).
Participou, no decorrer dos estudos superiores e depois de concluí-los, de inúmeros cursos de extensão universitária., promovidos por instituições oficiais e particulares, envolvendo temas literários, jurídicos e de aprimoramento profissional.
Exerceu a Advocacia, logo depois de formado, na Comarca de Santos.
Em outubro de 1959, ingressou, interinamente, na carreira de Delegado de Polícia. Aprovado em Concurso Público de Provas e Títulos, em 1961.
Atuou, em seguida, como Autoridade Policial, nos seguintes municípios paulistas: Quintana, 1959-60; Guariba, 1960-61;
respondeu, durante esse período, pela Delegacia de Polícia de Pradopolis, município de que foi o primeiro Delegado de Polícia; Cubatão, 1961-63; Itarirí, 1963-66;
respondeu também, na época, pela Delegacia de Polícia de Peruíbe.
Em Santos, foi Chefe de Equipe do extinto Plantão Central de Polícia, 1966. Atuou na antiga Delegacia de Ordem Política e Social -DOPS-; Diretor da Guarda Noturna de Santos; Chefe do Policiamento de Santos; Chefe da Rádio Patrulha;
Diretor do Presídio de Santos, em duas ocasiões; Adjunto da Delegacia Seccional;
Adjunto da Delegacia Regional; Titular da Ciretran de São Vicente; Titular da Ciretran de Guarujá; Diretor da Cadeia Pública de Guarujá; Titular da Delegacia de Polícia de Vicente de Carvalho; Titular do 5°. Distrito Policial de Santos, assistente, em várias oportunidades, de Delegados Seccionais e Regionais de Santos, inclusive ao tempo de nível de Departamento (Deraí, Derex, ete.).
Exerceu a função pública, na instituição policial, com intransigente probidade.
Aposentou-se, em novembro de 1987, guindado à posição mais elevada da carreira: Delegado de Polícia de Classe Especial.
Recebeu homenagem, em decorrência de sua aposentadoria, no Palácio da Polícia, em dezembro de 1987. Ofertaram-lhe, na ocasião, expressivo mimo - uma bandeja de
prata -, em que consignaram os seguintes dizeres:
"Ao Dr. Paulo José de Azevedo Bonavides, Delegado de Polícia, que sempre honrou e dignificou sua instituição, homenagem dos Delegados e Funcionários da Regional de Santos Santos, dezembro de 1987".
Foi também Presidente do Acaraí Praia Clube, biênios 1955-56; 1957-58; Presidente do Centro Acadêmico "Alexandre de Gusmão", órgão que congrega o alunado da Faculdade Católica de Direito de Santos (1957-1958); Presidente do Clube dos "21 Irmãos-Amigos" - Cubatão. (1973 -74, primeira gestão, e várias outras); Presidente do Clube XV, tradicional entidade de Santos, agremiação social mais antiga do Brasil, fundada em 12/6/1869. (Dois mandatos, 1973 -74; e 1983); Membro Nato do Conselho Deliberativo do Clube XV;
Presidente da Academia Santista de Letras» em três gestões: (1986 - 88; 1988 - 90; 1996 - 98).
Ao final de seu mandato, como Presidente da Academia Santista de Letras, confrades do sodalício, tributaram-lhe reverência, consistente em entrega de Troféu, durante solenidade pública, em que assinalaram: "Honra ao Mérito. Ao eminente Acadêmico Dr. Paulo Bonavides, pela brilhante gestão na Presidência, dignificando e honrando a Academia Santista de Letras - Casa de Martins Fontes, 1996 - 1998". Junho de 1998.
Presidente da Federação dos Clubes dos "21 Irmãos-Amigo e do Conselho Nacional, interinamente - Portaria n° 01/97 -, no período compreendido entre 20 de janeiro a 20 de março de 1997.
Secretário da Federação dos Clubes dos "21 Irmãos-Amigos do Conselho Nacional em sucessivos mandatos, a partir de 1992.
Eleito Vice-Presidente da Federação dos Clubes "21 Irmãos-Amigos" para o biênio 1998-2000, no decurso da XXXV Convenção Nacional, realizada no mês de abril de 1998, no município de São Vicente, dependências do Ilha Porchat Clube. (Presença de 209 Convencionais).
Associado a partir de 1943, e Membro do Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube, desde 1966. Presidente da Comissão de Inquérito e Sindicância, órgão do
Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube, em sucessivos mandatos. (1994-1996; 1996-1998; 1998-2000).
Recebeu, no Santos Futebol Clube, a "Medalha Mérito dos Peixeiros", distinção clubistica conferida a quem, sem interrupção temporal, integre o Quadro Associativo há mais de cinqüenta anos.("Jubileu de Ouro", dezembro de 1998, Estatutos Sociais, artigo 103).
(São Paulo, 28/10/1932 )
Paulo José foi advogado e professor universitário. Nasceu em São Paulo, capital, em 28 de outubro de 1932. Era filho de Gervásio Bonavides e Julieta de Azevedo Bonavides.
Fez o curso primário no extinto Ginásio Luso-Brasileiro, conceituado estabelecimento educacional que pertenceu ao pai, Gervásio Bonavides.
Estudou, mais tarde, no Colégio Santista, (1947), Colégio Tarquínio Silva (1948) e no Colégio Marcai (1949). Matriculou-se, em seguida, no Colégio Estadual "Canadá", onde cursou e concluiu o antigo "Curso Clássico" (19504952).
Ingressou na Faculdade Católica de Direito de Santos, escola em que se diplomou em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1958, integrando a Segunda Turma de Bacharéis.
Colação de Grau ocorrida em 10 de março de 1959. Expedição de Diploma efetuada aos 14 de abril de 1959.
Formado, freqüentou o Curso de Doutorado, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo de São Francisco). Aluno, naquela ocasião de juristas renomados - Vicente Rao, Joaquim Canuto Mendes de Almeida. Miguel Reali, José Frederico Marques e outros mestres do Direito.
Inscreveu-se, em momentos diversos, no Programa de Estudos Pós-Graduados em Direito, no nível de mestrado, na Pontifícia Universidade Católica - P.U.C, -, em São Paulo, no âmbito da Cadeira de Direito Penal (1979).
Indicado, oficialmente, pela Secretaria da Segurança Pública, freqüentou e concluiu, com assiduidade plena, o Primeiro Curso, em Santos, promovido pela Escola Superior de Guerra (ADESG).
Participou, no decorrer dos estudos superiores e depois de concluí-los, de inúmeros cursos de extensão universitária., promovidos por instituições oficiais e particulares, envolvendo temas literários, jurídicos e de aprimoramento profissional.
Exerceu a Advocacia, logo depois de formado, na Comarca de Santos.
Em outubro de 1959, ingressou, interinamente, na carreira de Delegado de Polícia. Aprovado em Concurso Público de Provas e Títulos, em 1961.
Atuou, em seguida, como Autoridade Policial, nos seguintes municípios paulistas: Quintana, 1959-60; Guariba, 1960-61;
respondeu, durante esse período, pela Delegacia de Polícia de Pradopolis, município de que foi o primeiro Delegado de Polícia; Cubatão, 1961-63; Itarirí, 1963-66;
respondeu também, na época, pela Delegacia de Polícia de Peruíbe.
Em Santos, foi Chefe de Equipe do extinto Plantão Central de Polícia, 1966. Atuou na antiga Delegacia de Ordem Política e Social -DOPS-; Diretor da Guarda Noturna de Santos; Chefe do Policiamento de Santos; Chefe da Rádio Patrulha;
Diretor do Presídio de Santos, em duas ocasiões; Adjunto da Delegacia Seccional;
Adjunto da Delegacia Regional; Titular da Ciretran de São Vicente; Titular da Ciretran de Guarujá; Diretor da Cadeia Pública de Guarujá; Titular da Delegacia de Polícia de Vicente de Carvalho; Titular do 5°. Distrito Policial de Santos, assistente, em várias oportunidades, de Delegados Seccionais e Regionais de Santos, inclusive ao tempo de nível de Departamento (Deraí, Derex, ete.).
Exerceu a função pública, na instituição policial, com intransigente probidade.
Aposentou-se, em novembro de 1987, guindado à posição mais elevada da carreira: Delegado de Polícia de Classe Especial.
Recebeu homenagem, em decorrência de sua aposentadoria, no Palácio da Polícia, em dezembro de 1987. Ofertaram-lhe, na ocasião, expressivo mimo - uma bandeja de
prata -, em que consignaram os seguintes dizeres:
"Ao Dr. Paulo José de Azevedo Bonavides, Delegado de Polícia, que sempre honrou e dignificou sua instituição, homenagem dos Delegados e Funcionários da Regional de Santos Santos, dezembro de 1987".
Foi também Presidente do Acaraí Praia Clube, biênios 1955-56; 1957-58; Presidente do Centro Acadêmico "Alexandre de Gusmão", órgão que congrega o alunado da Faculdade Católica de Direito de Santos (1957-1958); Presidente do Clube dos "21 Irmãos-Amigos" - Cubatão. (1973 -74, primeira gestão, e várias outras); Presidente do Clube XV, tradicional entidade de Santos, agremiação social mais antiga do Brasil, fundada em 12/6/1869. (Dois mandatos, 1973 -74; e 1983); Membro Nato do Conselho Deliberativo do Clube XV;
Presidente da Academia Santista de Letras» em três gestões: (1986 - 88; 1988 - 90; 1996 - 98).
Ao final de seu mandato, como Presidente da Academia Santista de Letras, confrades do sodalício, tributaram-lhe reverência, consistente em entrega de Troféu, durante solenidade pública, em que assinalaram: "Honra ao Mérito. Ao eminente Acadêmico Dr. Paulo Bonavides, pela brilhante gestão na Presidência, dignificando e honrando a Academia Santista de Letras - Casa de Martins Fontes, 1996 - 1998". Junho de 1998.
Presidente da Federação dos Clubes dos "21 Irmãos-Amigo e do Conselho Nacional, interinamente - Portaria n° 01/97 -, no período compreendido entre 20 de janeiro a 20 de março de 1997.
Secretário da Federação dos Clubes dos "21 Irmãos-Amigos do Conselho Nacional em sucessivos mandatos, a partir de 1992.
Eleito Vice-Presidente da Federação dos Clubes "21 Irmãos-Amigos" para o biênio 1998-2000, no decurso da XXXV Convenção Nacional, realizada no mês de abril de 1998, no município de São Vicente, dependências do Ilha Porchat Clube. (Presença de 209 Convencionais).
Associado a partir de 1943, e Membro do Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube, desde 1966. Presidente da Comissão de Inquérito e Sindicância, órgão do
Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube, em sucessivos mandatos. (1994-1996; 1996-1998; 1998-2000).
Recebeu, no Santos Futebol Clube, a "Medalha Mérito dos Peixeiros", distinção clubistica conferida a quem, sem interrupção temporal, integre o Quadro Associativo há mais de cinqüenta anos.("Jubileu de Ouro", dezembro de 1998, Estatutos Sociais, artigo 103).
Delegado Franklin de Toledo Piza, foi o Primeiro Delegado Geral de Polícia do Estado de São Paulo, em 1.947.
Antônio Caputi Sobrinho 1º Delegado da Comarca de Araçatuba em 1.912.
Delegado de Polícia Ângelo Colombi de Bragança Paulista, em 1.918. Morreu de morte súbita no Dia de Todos os Santos, lendo um artigo no jornal sobre a guerra!!!
(foto cedida pelo neto do Dr. Ângelo, Newton Bernardi e enviada por Marilza Nogueira).
(foto cedida pelo neto do Dr. Ângelo, Newton Bernardi e enviada por Marilza Nogueira).
Engana-se quem, na foto, vê apenas um antigo oficial da Guarda Civil de São Paulo. Trata-te, na verdade, do Dr. Antônio Pereira Lima, que foi Delegado Auxiliar (diretor de departamento), da Polícia Civil de São Paulo e que, em 1926, foi o primeiro diretor, mesmo sendo Delegado de Polícia, de policiamento daquela corporação, a qual, em 1969, foi extinta para compor, em parte, as fileiras da recém-criada PM. Muitos guardas civis vieram p/ a Polícia Civil, tendo esta Instituição sido a base para a criação daquela. Daí a verdade de que a Guarda Civil tem berço na nossa Polícia Civil e por nós deve ser reverenciada! Que esta imagem do Dr. Pereira Lima, uniformizado, sirva de exemplo para aqueles que propalam ser a velha Guarda Civil predecessora da atual PM. Na verdade, a base dessa gloriosa corporação é a Força Pública (também extinta). Vamos, então, levantar parte da bandeira que, por mérito e direito, nos pertence na história da segurança pública paulista!
O então investigador, Astorige Correa de Paula, o "Correinha".
Delegado de Polícia Titular do 3º DP do DEGRAN. Wilson José Minervino, na década de 50/60.
Foi uma lenda da chamada região da "Boca do Lixo" ou "Quadrilátero do Pecado"..
Foi uma lenda da chamada região da "Boca do Lixo" ou "Quadrilátero do Pecado"..
Chefe de Polícia José Augusto Cesar Salgado.
Nascido em Pindamonhangaba, SP, aos 21-12-1894 e falecido aos 08-04-1979. Filho do Comendador Augusto Marcondes Salgado e de Maria Antonieta Cesar Salgado.
Viveu a infância em Aparecida e Guaratinguetá. Em Guaratinguetá, seu pai foi Serventuário de Justiça do 2º Tabelionato. Em Aparecida, foi Tesoureiro e Administrador dos cofres e bens de N. S. Aparecida, nomeado pelo Bispo de São Paulo.
Estudou em Lorena-SP, no Colégio São Joaquim, e posteriormente no Colégio São Luís de Itu-SP.
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1917.
Foi comissionado como Oficial de Gabinete do Chefe de Polícia do Estado de São Paulo (equivalente a Chefe de Gabinete do Secretário de Segurança Pública). Participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Em 1934, foi eleito Deputado Estadual à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi Procurador Geral do Estado de São Paulo e Professor de Direito Processual Penal na Academia de Polícia.
Foi eleito membro da Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira nº 24, tendo sido Orador em diversas circunstâncias, inclusive quando do lançamento da pedra fundamental da nova Basílica em 1946 e no início das obras em 07-09-1952 e presente durante a construção quando da presença do Presidente Juscelino Kubitcheck fazendo doação da ferragem para a Torre da Basílica.
Foi designado advogado quando do processo de emancipação política de Aparecida (gratuitamente) junto aos órgãos superiores do Estado, onde tinha livre trânsito.
Agraciado com o título de Cidadão Benemérito de Aparecida pelos relevantes serviços prestados ao Município.
Escreveu inúmeros artigos em diversos jornais, foi membro de dezenas de instituições e homenageado inúmeras vezes com medalhas e títulos por sua atuação nas áreas jurídica, política, genealógica, histórica e literária.
Nascido em Pindamonhangaba, SP, aos 21-12-1894 e falecido aos 08-04-1979. Filho do Comendador Augusto Marcondes Salgado e de Maria Antonieta Cesar Salgado.
Viveu a infância em Aparecida e Guaratinguetá. Em Guaratinguetá, seu pai foi Serventuário de Justiça do 2º Tabelionato. Em Aparecida, foi Tesoureiro e Administrador dos cofres e bens de N. S. Aparecida, nomeado pelo Bispo de São Paulo.
Estudou em Lorena-SP, no Colégio São Joaquim, e posteriormente no Colégio São Luís de Itu-SP.
Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1917.
Foi comissionado como Oficial de Gabinete do Chefe de Polícia do Estado de São Paulo (equivalente a Chefe de Gabinete do Secretário de Segurança Pública). Participou da Revolução Constitucionalista de 1932. Em 1934, foi eleito Deputado Estadual à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi Procurador Geral do Estado de São Paulo e Professor de Direito Processual Penal na Academia de Polícia.
Foi eleito membro da Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira nº 24, tendo sido Orador em diversas circunstâncias, inclusive quando do lançamento da pedra fundamental da nova Basílica em 1946 e no início das obras em 07-09-1952 e presente durante a construção quando da presença do Presidente Juscelino Kubitcheck fazendo doação da ferragem para a Torre da Basílica.
Foi designado advogado quando do processo de emancipação política de Aparecida (gratuitamente) junto aos órgãos superiores do Estado, onde tinha livre trânsito.
Agraciado com o título de Cidadão Benemérito de Aparecida pelos relevantes serviços prestados ao Município.
Escreveu inúmeros artigos em diversos jornais, foi membro de dezenas de instituições e homenageado inúmeras vezes com medalhas e títulos por sua atuação nas áreas jurídica, política, genealógica, histórica e literária.
Delegado da Polícia Fazendária Enos Beolchi Junior, em 12/03/1968.
Delegado Regional de Santos Armando Ferreira da Rosa, em 1.928, na época do famoso Crime da Mala.
No dia 7 de outubro de 1928, no pátio do armazém 13 do porto santista, a polícia abriu uma mala endereçada a Ferrero Francesco, Bordeaux (França), que seria embarcada no navio Massilia. Nela, havia o cadáver de uma jovem. Feita a autópsia, verificou-se o aborto "post mortem" de um feto de seis meses. Uma menina. O crime comoveu o Brasil.
Giuseppe Pistone e Maria Mercedes Fea conheceram-se em 1925 a bordo de um navio que seguia de sua terra natal, Itália, para Buenos Aires, Argentina. Ele, então com 31 anos de idade, buscava melhores condições de vida; ela, aos 20, ia visitar a mãe, que mudara-se para lá anos antes. Começaram a namorar e, quando Maria completou 21 anos, casaram-se, imigrando para o Brasil no navio Conte Biancamano.
Trabalhando na casa de salames e vinhos de seu primo Franceso Pistone em São Paulo, Giuseppe recebe deste uma proposta de sociedade. Sem o capital necessário, escreve um telegrama à sua mãe Marcelina Baeri, na Itália, pedindo um valor equivalente a 150,000 contos de réis, parte de uma herança deixada por seu pai. Mesmo diante da recusa da mãe, aceita a proposta do primo, pretendendo mais tarde extorqui-lo.
O crime
Maria Fea decidiu então escrever uma carta à sogra, revelando toda a verdade sobre os pedidos de dinheiro. Na manhã de 4 de outubro de 1928, Giuseppe descobre a carta. O casal briga, e Pistone sufoca a esposa com um travesseiro. Sem saber o que fazer com o corpo, decide ocultá-lo em uma mala, seccionando o joelho com uma navalha e quebrando o pescoço para que o cadáver coubesse na mesma. Usando endereços e nomes falsos, remete a mala à "Francesco Ferrero", em Bordeaux, França, através do navio Massilia.
No dia 7 de outubro de 1928 a mala é içada a bordo do navio, então atracado no Porto de Santos. Ao ser descarregada, sofre um pequeno impacto, que abre uma fresta na parte inferior e revela um forte mau cheiro. A mala é aberta, e o cadáver, em avançado estado de decomposição, descoberto. Junto a ele, além de algumas roupas da vítima (quinze pares de meia, duas almofadas, duas camisolas, duas saias comuns, uma saia com anágua, um chapéu) e a navalha utilizada no crime, estava um feto de uma menina, com aproximadamente seis meses de gestação.
Desfecho
As investigações conduzem a polícia até Giuseppe que, preso, falou que apenas discutira com a mulher e ela morrera de um mal súbito. Após o resultado da autópsia (morte por sufocação ou esganadura) alegou ter cometido o crime por encontrar sua esposa com um amante no apartamento do casal, versão que manteve mesmo após o testemunho de vizinhos, que ouviram a briga na manhã de 4 de outubro. Em 15 de julho de 1931, é condenado a 31 anos de prisão, por homicídio e ocultação de cadáver.
Em 13 de junho de 1944, através de um decreto presidencial, sua pena é comutada para 20 anos de prisão. Pistone é colocado em liberdade condicional em 3 de agosto do mesmo ano, e sua pena é considerada cumprida em 5 de novembro de 1948. Consegue emprego em Taubaté, como zelador de um prédio. Volta a casar-se em 1949, vindo a falecer em 28 de junho de 1956.
O corpo de Maria Fea foi sepultado no Cemitério da Filosofia em Santos, e seu túmulo desde então virou alvo de uma espécie de peregrinação religiosa, com fiéis atribuindo a ela diversos tipos de milagres.
A mala encontra-se atualmente em exposição no Museu do Crime, na ACADEPOL em São Paulo.
No dia 7 de outubro de 1928, no pátio do armazém 13 do porto santista, a polícia abriu uma mala endereçada a Ferrero Francesco, Bordeaux (França), que seria embarcada no navio Massilia. Nela, havia o cadáver de uma jovem. Feita a autópsia, verificou-se o aborto "post mortem" de um feto de seis meses. Uma menina. O crime comoveu o Brasil.
Giuseppe Pistone e Maria Mercedes Fea conheceram-se em 1925 a bordo de um navio que seguia de sua terra natal, Itália, para Buenos Aires, Argentina. Ele, então com 31 anos de idade, buscava melhores condições de vida; ela, aos 20, ia visitar a mãe, que mudara-se para lá anos antes. Começaram a namorar e, quando Maria completou 21 anos, casaram-se, imigrando para o Brasil no navio Conte Biancamano.
Trabalhando na casa de salames e vinhos de seu primo Franceso Pistone em São Paulo, Giuseppe recebe deste uma proposta de sociedade. Sem o capital necessário, escreve um telegrama à sua mãe Marcelina Baeri, na Itália, pedindo um valor equivalente a 150,000 contos de réis, parte de uma herança deixada por seu pai. Mesmo diante da recusa da mãe, aceita a proposta do primo, pretendendo mais tarde extorqui-lo.
O crime
Maria Fea decidiu então escrever uma carta à sogra, revelando toda a verdade sobre os pedidos de dinheiro. Na manhã de 4 de outubro de 1928, Giuseppe descobre a carta. O casal briga, e Pistone sufoca a esposa com um travesseiro. Sem saber o que fazer com o corpo, decide ocultá-lo em uma mala, seccionando o joelho com uma navalha e quebrando o pescoço para que o cadáver coubesse na mesma. Usando endereços e nomes falsos, remete a mala à "Francesco Ferrero", em Bordeaux, França, através do navio Massilia.
No dia 7 de outubro de 1928 a mala é içada a bordo do navio, então atracado no Porto de Santos. Ao ser descarregada, sofre um pequeno impacto, que abre uma fresta na parte inferior e revela um forte mau cheiro. A mala é aberta, e o cadáver, em avançado estado de decomposição, descoberto. Junto a ele, além de algumas roupas da vítima (quinze pares de meia, duas almofadas, duas camisolas, duas saias comuns, uma saia com anágua, um chapéu) e a navalha utilizada no crime, estava um feto de uma menina, com aproximadamente seis meses de gestação.
Desfecho
As investigações conduzem a polícia até Giuseppe que, preso, falou que apenas discutira com a mulher e ela morrera de um mal súbito. Após o resultado da autópsia (morte por sufocação ou esganadura) alegou ter cometido o crime por encontrar sua esposa com um amante no apartamento do casal, versão que manteve mesmo após o testemunho de vizinhos, que ouviram a briga na manhã de 4 de outubro. Em 15 de julho de 1931, é condenado a 31 anos de prisão, por homicídio e ocultação de cadáver.
Em 13 de junho de 1944, através de um decreto presidencial, sua pena é comutada para 20 anos de prisão. Pistone é colocado em liberdade condicional em 3 de agosto do mesmo ano, e sua pena é considerada cumprida em 5 de novembro de 1948. Consegue emprego em Taubaté, como zelador de um prédio. Volta a casar-se em 1949, vindo a falecer em 28 de junho de 1956.
O corpo de Maria Fea foi sepultado no Cemitério da Filosofia em Santos, e seu túmulo desde então virou alvo de uma espécie de peregrinação religiosa, com fiéis atribuindo a ela diversos tipos de milagres.
A mala encontra-se atualmente em exposição no Museu do Crime, na ACADEPOL em São Paulo.
Sub-Delegado de Polícia de Aparecida/SP Camillo de Lellis da Gama Valle, de 1.917 a 1.923.
Nascido aos 26 de agosto de 1880 em Recreio – Leopoldina-MG, e falecido, em 1956, em Aparecida-SP. Foi também empresário no ramo hoteleiro.
Nascido aos 26 de agosto de 1880 em Recreio – Leopoldina-MG, e falecido, em 1956, em Aparecida-SP. Foi também empresário no ramo hoteleiro.
Escrivão de Polícia José Maia Nóbrega nasceu em 27 de agosto de 1928 e faleceu em 3 de setembro de 1982. Em 1948, ingressou na Polícia Civil como carcereiro em São José do Barreiro, Vale do Paraíba, permanecendo nesta função até 1955, quando prestou concurso para escrivão e passou em primeiro lugar. Foi trabalhar na Capital em janeiro de 1956. Em dezembro do mesmo ano, assumiu a Delegacia de Poá, ficando até 1968. Neste período, trabalhou com vários delegados, mas sempre foi o único escrivão da cidade. Prestou novo concurso e ingressou na Secretaria da Fazenda em 1968, quando deixou a Polícia Civil. Foi chefe dos postos fiscais de Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Mogi das Cruzes. Quem o conheceu, tanto na Polícia como na Fiscalização, destaca sua probidade como marca principal. Morreu aos 54 anos.
(enviado pela filha Neusa Maria Rambaldi).
(enviado pela filha Neusa Maria Rambaldi).
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